Interviews CiclismoPuro #1 | Clément Chevrier

He already has some great results on the biggest races of the under 23 calendar and he is one of the most exciting French talents. Excellent climber, after spending his first years in cycling on french team Chambéry CF, the development team of Ag2r, he is now going to take on a new challenge overseas with Bissell, with the goal of moving to WorldTour in 2015. It’s Clément Chevrier:

1. How did you get into pro cycling?

I rode 3 years for Chambéry Cyclisme Formation, the development team of AG2R La Mondiale, all of my amateur years after junior actually. I have improved a lot thanks to the race calendar and the environment, from training in the mountains.

2. You are part of the new generation of French climbers, what are your thoughts about French cycling in general and its future?

We do have a great new generation in France, with such climbers as Romain Bardet, Thibault Pinot, Kenny Elissonde or Warren Barguil indeed. But we have some big talents for the sprints too with Arnaud Demare, Bryan Coquard, Nacer Bouhanni, etc. They are very promising. I think that in a few years they will be with the best riders in the world. In my case, their performances are an incentive for me to try to succeed in the near future. They show that it’s possible for a young rider to shine in the current cycling world.

3. During 2013, you’ve raced Tour de l’Ain with the national team against some of the best teams in the world. What was it like to race with them?

It was my first pro race and I was amazed in the first place. Afterwards I tried to focus on the race. To give the best of myself. During the climbs I was thrilled to be next to Sanchez, Pinot… It was a “dream” for me. It was hard to sleep after the stages with all this memories in my head.

4. But before you’ve ended up in 3rd overall at Giro Ciclistico della Valle Aosta, it was important for you to succeed in one of the most important races in the under 23 calendar?

For me it was a surprise to shine at Valle d’Aosta. Indeed, it was my come back after the Tour des Pays de Savoie. I didn’t know my condition after 3 weeks without races. But I was very serious on my training so as to try to remain competitive during my break.

5. And you’ve also won a stage at the extremely hard Tour Du Pays de Savoie (and ending up in 2nd overall), atop La Toussuire. How do you look back on that stage?

What a great day! Because it was the most difficult stage and I won it in front of my family, friends,… Moreover, I had particularly prepared this stage during my training camp in May. There is lots of work behind this victory.

6. During the summer, there were some rumours about you could sign with Ag2r. Did you were in negotiations with the team?

Yes I talked with Ag2r but Vincent Lavenu, the team manager, told me in July that it wouldn’t be possible to join AG2R in 2013. He wanted classic men in priority and it’s not my speciality…

7. Instead you’re riding for Bissell (former Bontrager) in the USA for 2014. How did you get in touch with the team?

I contacted Axel Merckx 2 days before the World Championships. I sent my CV by email. And one day after the race in Florence, Axel called me to make me a proposition…

8. In 2014, you’re going to have Axel Merckx as a DS, what do you think you can learn from him?

It’s a big chance to have Axel as a DS! I am very proud to work with him. He has many experiences and he knows how to share them. I have some memories of when I was young… I always wanted a photo and a signing of Axel when I went to see the Tour de France. And now I work with him… So incredible! Of course Bissell is known for being one of the best development teams in the world.

9. After seeing Joe Dombrowski in 2012 and Lawson Craddock in 2013, being successful at the American’s biggest stage races with the team, do you think you can be the next one?

I hope so! I want to take advantage of new experiences and learn again thanks to the race calendar, the training camps, living with the staff, my team mates, etc,… in the purpose of going in a WT team next season, as I hope.

10. Biggest goals for 2014?

Tour of California, Pays de Savoie if I can participate, Tour du Colorado or Tour de l’Avenir.

11. Do you have an idea of what’s going to be your calendar for the first few months?

I will go at a training camp in California from the 2nd to the 10th of March, then I will stay in the U.S, in San Diego I think. I will begin my season on the Redlands Classic in California. We will go in altitude training camp just after to prepare for the Tour of Gila and Tour of California in May. I will be back in Europe after that.

Anything else you want to add?

No… I’d just like to thank you for your interest!

 And, on behalf of CiclismoPuro, I would also like to thank you the the your time and availability since the start. Good luck for the season! Follow @ClemChverier to follow closely his season!

Entrevistas CiclismoPuro #1 | Clément Chevrier

Já tem excelentes resultados nas maiores provas sub23 do mundo e é considerado um dos talentos mais excitantes do ciclismo francês. Excelente trepador, depois de passar os seus primeiros anos no ciclismo na equipa francesa Chambéry CF, a equipa de desenvolvimento da Ag2r, vai agora enfrentar um novo desafio no outro lado do oceano com a Bissell, com o objectivo de passar ao WorldTour em 2015. Trata-se de Clément Chevrier:

1. Como começaste no ciclismo?

Eu corri 3 anos com a Chambéry Cyclisme Formation, a equipa de desenvolvimento da Ag2r, corri sempre lá após os meus anos como junior. Melhorei bastante graças a eles, desde o calendário até ao ambiente da equipa e treinando bastante nas montanhas.

2. Fazes parte da nova geração de trepadores franceses, o que pensas da actualidade do ciclismo francês e o seu futuro?

Nós temos uma grande geração a surgir em França, com trepadores como Romain Bardet, Thibaut Pinot, Kenny Elissonde ou Warren Barguil, mas também temos grandes talentos para os sprints com Arnaud Demare, Bryan Coquard, Nacer Bouhanni, etc. Eles são muito promissores e acho que eles conseguirão competir com os melhores dentro de alguns anos. No meu caso, as prestações deles são um incentivo para eu tentar ser bem sucedido no futuro. Eles mostram que é possível um jovem brilhar no ciclismo actual.

3. Durante 2013, correste o Tour de l’Ain com a selecção nacional, contra algumas das melhores equipas do mundo. Como é foi correr com eles?

Foi a minha primeira corrida profissional e fiquei maravilhado. Tentei concentrar-me na corrida e dar o meu melhor. Durante as subidas ficava excitado por conseguir estar ao lado de ciclistas como Sanchéz, Pinot… Foi um “sonho” para mim! Foi difícil dormir após as etapas com todas essas memórias a percorrerem-me a cabeça.

4. Mas antes terminaste em 3º na geral do Giro Ciclistico della Valle Aosta, foi importante para ti brilhar numa das provas mais importantes do calendário sub23?

Para mim foi uma surpresa ter brilhado no Valle Aosta. Na verdade era o meu regresso à competição após o Tour de Pays de Savoie. Não sabia qual era a minha condição física após 3 semanas sem correr. Mas eu sempre fui muito sério na minha preparação e tentei manter-me competitivo durante na pausa entre as duas provas.

5. E também venceste uma etapa no dificílimo Tour de Pays de Savoie (acabando em 2º na geral), no final ao alto na La Toussuire. Como olhas agora para essa etapa?

Foi um grande dia! Porque era a etapa mais dura da prova e eu consegui vencê-la diante da família e amigos. Além disso, tinha especialmente preparado essa etapa durante o meu estágio em Maio. Por detrás dessa vitória há muito trabalho.

6. Durante o Verão havia alguns rumores de que estarias perto da Ag2r. Chegaste a entrar em negociações com a equipa?

Sim, falei com a Ag2r mas o manager da equipa Vincent Lavenu disse-me em Julho que não seria possível juntar-me à equipa em 2014. A prioridade deles eram ciclistas talhados para as clássicas, que não são a minha especialidade.

7. Em vez disso, vais correr com a Bissell (antiga Bontrager) em 2014. Como entraste em contacto com a equipa?

Eu contactei o Axel Merckx dois dias antes dos Mundiais em Florença, enviei-lhe o meu CV por e-mail. E um dia depois dos Mundiais, o Axel chamou-me para fazer uma proposta…

8. Em 2014 vais ter Axel Merckx como director desportivo, o que é que achas que podes aprender com ele?

É uma grande oportunidade ter alguém como o Axel como director desportivo! Estou muito orgulhoso de poder trabalhar com ele. Ele tem muita experiência e sabe como a partilhar. Tenho algumas memórias de quando era pequeno… Eu sempre quis uma foto e um autógrafo dele quando fui ver a Volta a França. E agora trabalho com ele… Incrível! E claro, a Bissell é conhecida por ser umas das melhores equipas de desenvolvimento do mundo.

9. Depois de termos visto Joe Dombrowski em 2012 e Lawson Craddock em 2013, a serem bem sucedidos nas maiores provas por etapas do calendário norte-americano com a equipa, achas que podes ser o próximo?

Eu espero que sim! Quero aproveitar as novas experiências e aprendar de novo graças ao calendário, os campos de treino, conviver com o staff e os meus colegas de equipa, etc, com o objectivo de ir para uma equipa WT na próxima época.

10. Maiores objectivos para 2014?

Tour of California, Tour du Pays de Savoie se puder participar, o Tour of Colorado ou o Tour de l’Avenir.

11. Já tens uma ideia do teu calendário nos primeiros meses?

Vou para um estágio entre 2 e 10 de Março na Califórnia, depois vou ficar nos EUA, em San Diego, acho. Vou começar a minha época na Redlands Classic na Califórnia. Vamos fazer um estágio em altitude para preparar o Tour of the Gila e o Tour of California. Depois disso regressarei à Europa.

12. Mais alguma coisa que queiras acrescentar?

Eu apenas gostaria de te agradecer pelo teu interesse!

 E em nome do CiclismoPuro, também te agradeço pela disponibilidade demonstrada desde o início. Boa sorte para a temporada! Sigam @ClemChevrier no Twitter para seguirem mais atentamente da época dele!

Ciclismo Puro | 5 Jovens A Seguir Para 2014

Com a nova época já a começar, o Ciclismo Puro dá a conhecer 5 ciclistas sub23 que poderão causar furor durante o ano de 2014:

Clément Chevrier (Bissell Development Team)

O jovem francês que no ano passado correu pela Chambery CF (equipa de desenvolvimento da Ag2r) é o mais recente da já longa nova linhagem de trepadores franceses que conta com nomes como o vencedor no Alto d’Angliru Kenny Elissonde ou Romain Bardet (também um ex-aluno do Chambery CF).

Teve um ano de 2013 bastante consistente, uma vitória na duríssima 4ª etapa do Tour des Pays de Savoie (final ao alto na La Toussuire, que já serviu como final de etapa do Tour em 2012). A somar a essa vitória, ainda terminou em 2º na geral da prova, atrás do compatriota Yoann Barbas, um 10º lugar na Ronde de l’Isard, um 3º lugar no também duríssimo Giro Ciclistico della Valle d’Aosta Mont Blanc e ainda uma prestação bastante sólida nos Mundiais, onde chegou no grupo da frente no 11º lugar.

Chevrier não tem pressa em juntar-se à elite e a prova disso foi a notícia de que se iria juntar à Bissell (antiga Bontrager), equipa chefiada por Axel Merckx. A Bissell costuma ter sempre um calendário bastante interessante, com presenças no Tour of California e no USA Pro Cycling Challenge. Portanto, para além das provas que virá a fazer com a selecção francesa, ainda se poderá testar junto da nata do ciclismo.  Bonne chance, Clément.

Caleb Ewan (Jayco-AIS)

Eis a nova coqueluche do ciclismo australiano. Apesar dos tenros 19 anos, Caleb Ewan sabe muito bem o que é ganhar. E sabe o que é ganhar a gente grande.

Começou a ganhar nome quando em 2012 quando venceu 2 etapas da Jayco Bay Classic, na altura tinha ele 17 anos e bateu nomes como Allan Davis, Leigh Howard e até mesmo Robbie McEwen. Ainda nesse ano fez 2º nos Mundiais (perdendo apenas para um super Matej Mohoric).

2013 foi mais do mesmo, vencedo mais uma etapa da Bay Classic e desta vez arrebatando a geral. Tinha agora 18 anos e estava no seu primeiro ano como sub23 e dava muito mais do que apenas luta a ciclistas com mais 3 anos que ele. Prova disso foi a vitória na La Côte Picarde, prova da Taça das Nações, além de duas vitórias na Thürigen Rundfarht e no icónico Tour de l’Avenir. E ainda foi a tempo de demonstrar algumas capacidades quando a estrada inclina nos Mundiais quando atacou na subida final para tentar apanhar Mohoric e Louis Meintjes.

2014 será um ano de aprovação. Vai correr pela primeira já no próximo dia 21 de Janeiro a maior prova do seu país, o Tour Down Under, onde se vai debater contra alguns dos tubarões do pelotão ao sprint. Uma coisa é certa, o talento dele é inquestionável. E já se sabe que irá correr pela Orica-GreenEdge para 2015, e quiçá fará uma entrada de rompante no WorldTour, tal como fez Peter Sagan, por exemplo.

Luka Pibernik (Radenska-Kuota)

No que toca a eslovenos com futuro, surge logo à cabeça Matej Mohoric, mas Luka Pibernik não lhe fica nada atrás. Nem que seja pela regularidade que no mais novo Mohoric ainda carece.

Pibernik, 2o anos, é um dos ciclistas mais consistentes do seu escalão. Em 2013, depois de ter terminado 2012 com um 5º lugar nos Mundiais, ficou em 3º no GP Palio del Recioto (apenas atrás dos supra-sumos Ewan e Herklotz) e em 8º na Ronde Van Vlaanderen Beloften, a RvV para os sub23. No entanto o seu ano culminaria com uma grande vitória nos Nacionais de Estrada, superiorizando-se a nomes como Janez Brajkovic, Grega Bole ou até mesmo… Matej Mohoric. Ainda fez 3º na Course de la Paix (ou Corrida da Paz) e uma exibição sólida no Tour de l’Avenir, onde fez 13º no final ao alto no Col de la Madeleine.

O Pibernik é um corredor bastante completo mas é difícil dizer qual será a sua especialidade devido à sua enorme versatilidade. 2014 será um ano importante para se afirmar ainda mais no escalão antes de partir para a sua nova aventura na Lampre em 2015.

Silvio Herklotz (Team Stölting)

Oriundo de Berlim, Silvio Herklotz é um dos talentos mais excitantes que por aí anda e a nova esperança da Alemanha de poder, quem sabe, voltar a ter alguém capaz de lutar por uma grande Volta.

Tomou a sua primeira época como sub23 de assalto, mostrando uma regularidade invulgar para a sua idade. 2º lugar no GP Palio del Recioto, 4º na Rund um den Finanzplatz Eschborn-Frankfurt, 8º na Thüringen-Rundfahrt e uma vitória fantástica na etapa-rainha do Tour de Alsace, que lhe viria a dar também a vitória na classificação geral.

Herklotz, de apenas 19 anos,  também já começou bons sinais nas provas com os mais “crescidos”, tendo andado bem na Bayern-Rundfahrt (25º na geral) e terminando em 7º nos Campeonatos Nacionais, num percurso que, sejamos honestos, não lhe assentava muito bem. O Tour de l’Avenir foi talvez o único percalço da época (desistência na 3ª etapa devido a problemas de saúde), mas recompensou semanas depois terminando em 8º nos Mundiais. Para 2014, só se pode esperar melhor.

Pierre -Roger Latour (Chambery CF)

Começámos com um francês e terminamos com um francês. Ainda mais curioso ambos correram na mesma equipa em 2013 e ambos sabem (muito bem) o que trepar.

Pierre-Roger Latour, 20 anos, é outro ciclista que também se pode inserir na linhagem de novos trepadores franceses juntamente com Chevrier e muitos outros que todos os anos vão surgindo. Não teve o melhor começo de 2013, ao ter partido a clavícula esquerda ainda no início de Janeiro, o que o obrigou a falhar a primeira metade da época. Não o impediu de entrar em rompante assim que recuperou, finalizando em 6º a Ronde de l’Isard e em 8º o Tour de Pays de Savoie, duas provas bastante conhecidas pela sua dureza.

Mas o melhor ainda estava para vir quando se juntou à Ag2r (a “equipa-mãe” da Chambery) como estagiário. 5º lugar no Tour du Doubs, 20º na Coppa Sabatini e 13º no Giro del Emillia, que costumam ter sempre concorrência forte. Ainda faria 4º no Piccolo Giro di Lombardia.

Espera-se para 2014 que tenha mais alguma liberdade na selecção francesa, e caso se mantenha livre de lesões, pode ser que desta vez se junte à Ag2r (ou outra qualquer) em definitivo.