POSSÍVEIS REVELAÇÕES DA VUELTA 2014

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ADAM YATES (ORICA): Tem sido uma temporada de estreia excelente para os gémeos Yates e depois de Simon se ter estreado no Tour, é a vez de Adam também se estrear numa volta de três semanas, neste caso a Vuelta. O britânico vai dividir a liderança da equipa com outra possível revelção, o colombiano Johan Esteban Chaves e já mostrou por várias vezes que se pode tornar num futuro candidato à geral final, destacando-se o top 10 no Criterium du Dauphine e a vitória na geral da Volta à Turquia.

KENNY ELISSONDE (FDJ.fr): O pequeno francês deu a conhecer o seu nome o ano passado quando venceu isolado no Alto d’Angliru, aguentando os ataques dos favoritos que decidiam a classificação geral final. Thibaut Pinot não parece ainda ter recuperado totalmente do Tour, ao ter declarado que não vem para lutar pela geral mas sim em vitórias em etapas, pelo que Elissonde deverá ser mesmo a aposta da equipa francesa. É certo que as subidas inclinadas assentam-lhe na perfeição, mas os dois contra-relógios poderão ser o seu maior adversário.

JENS DEBUSSCHERE (LOTTO): O campeão nacional belga faz a sua estreia numa grande volta com intuito de se afirmar como um dos grandes sprinters da actualidade. Deu recentemente sinais de boa forma no Tour de Wallonie e no Eneco Tour, mas o grande desafio será ver como se equipara contra nomes mais reconhecidos como Nacer Bouhanni ou John Degenkolb.

MORENO HOFLAND (BELKIN): Caso semelhante ao de Debusschere, mas ao contrário do belga, o sprinter da Belkin já conseguiu derrotar Degenkolb e Bouhanni em confronto directo, na 2ª etapa do Paris-Nice. Outro ponto a favor de Hofland é a frescura: o Tour of Utah marcou o seu regresso à competição, ele que já não corria desde o Tour of California, decorrido em Março, tendo assim menos dias de corrida que a maioria dos seus concorrentes.

MERHAWI KUDUS (MTN): A MTN vai fazer história este ano, ao ser a primeira equipa africana a participar numa grande volta. Apesar de a equipa já levar o “homem da casa” Sergio Pardilla como líder para a classificação geral, não é de descartar uma boa participação do jovem eritreu Merhawi Kudus. Tem-se mostrado recentemente em boa forma (5º no Tour de l’Ain), mas é uma incógnita o que ele consegue fazer contra uma concorrência de luxo. A mesma situação pode-se aplicar ao campeão sul-africano Louis Meintjes.